terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Alma adormecida
Alongam-se
na minha alma adormecida
os gritos mudos
de um mudo desespero,
aceito por dever
forças que não tolero
e grito sem te ver
nos teus ouvidos surdos.
E a minha estrada
é nada
o ar que respiro
é pedra carcomida
e eu vivo sem ter vida.
Tudo o mais
é uma igreja deserta
onde não viva um Deus
e eu nela estou alerta
contra estes gritos meus
que ecoam
nas abóbadas
e nos grandes vitrais,
em mim,
e em nada mais.
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