quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Desejo doido de gritar
Garganta
Ana Carolina
"Minha garganta estranha
Quando não te vejo
Me vem um desejo doido de gritar
Minha garganta arranha
A tinta e os azulejos
Do teu quarto da cozinha da sala-de-estar
Minha garganta arranha
A tinta e os azulejos
Do teu quarto da cozinha da sala-de-estar
Venho madrugada perturbar teu sono
Como um cão sem dono me ponho a ladrar
Atravesso o travesseiro
E te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço faço ela rodar
Atravesso o travesseiro
E te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço faço ela rodar
Sei que não sou santa
às vezes vou na cara dura
Às vezes ajo com candura
Prá te conquistar
Mas não sou beata
Me criei na rua
E não mudo minha postura só prá te agradar
Mas não sou beata
Me criei na rua
E não mudo minha postura só prá te agradar
Vim parar nesta cidade por força da circunstância
Sou assim desde criança
Me criei meio sem lar
Aprendi a me virar sozinha
Se eu tô te dando linha
É prá depois te ahhh
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É prá depois te abandonar
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É prá depois te abandonar...
Minha garganta estranha...
Diz aí
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É prá depois te abandonar..."
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