sábado, 30 de janeiro de 2010

FOLHINHA DO DIA 30 DE JANEIRO DE 2010

NÃO JULGUE OS OUTROS PELA APARÊNCIA.
VISUALIZE A NATUREZA DIVINA DE TODOS.

Não julgue os outros pela sua aparência, pela sua vestimenta ou pelos seus hábitos.

Contemple a imagem Verdadeira, reverencia a natureza divina deles.

Todos são filhos de Deus, dotados de atributos divinos.

Portanto, mesmo que alguém pareça mau, no âmago de seu Ser brilha a natureza divina.

ZVOZ

AS MINHAS VOZES


Dentro de mim há vozes que não calam ...
 
Tantas canções diversas, distraídas ...  

Dentro de mim existem tantas vidas,
 
Tantas pessoas que por mim passaram ...

Dentro de mim habitam anjos calmos,
 
Também demônios em oposição ...
 
E eu cá de fora ouvindo essa canção
 
Por entre o mal e poderosos salmos ...

Observando as forças e os temores,
 
Olhando o ódio em luta contra amores,
 
 Eu vejo a Vida borbulhar sem pressa ...

Passam-se horas, dias, tantos anos ...
 
O meu cansaço chora os desenganos
 
E a eternidade diz-me: recomeça ...

APENAS DEIXE.


Deixa que eu te ame em silêncio
Não pergunte, não se explique, deixe
que nossas línguas se toquem e as bocas
e a pele falem seus líquidos desejos.

Deixa que eu te ame sem palavras
a não ser aquelas que na lembrança ficarão
pulsando para sempre
como se o amor e a vida fosse um discurso
de impronunciáveis emoções.

FELIZ AQUELE QUE TRANSFERE O QUE SABE E APRENDE O QUE ENSINA !


Não sei... se a vida é curta
ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
Se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove

E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
Mas que seja intensa,
verdadeira, pura...
Enquanto durar”

"Feliz aquele
que transfere o que sabe
e aprende o que ensina."


PURA PRECE POR ZUIL VOUSTAG


Senhor, Vós que tanto já nos destes,
daí nos uma coisa mais:
um coração agradecido.
(George Herbert

Fazei com que suceda
não o que desejo,
mas o que é justo.
(Menandro

Senhor, não nos deixeis viver
para sermos inúteis.
(John Wesley

Senhor, nós não rogamos tranqüilidade:
apenas Vos pedimos fortaleza e graça
para vencer as provações.
(Savonarola

Ó Deus, ajudai-nos a ser os senhores
de nós mesmos para que possamos
ser os servos dos outros.
(Sir Alec Paterson)

Senhor Deus, reformai Vosso mundo...
a começar por mim.
(oração cristã chinesa

Não nos deixei , Senhor, cair no engano
de que podemos nos manter sozinhos,
sem o amparo de Vossa mão.
(John Donne

Conservai-nos a fé em que
Do Direito emane o Poder.
(Abraão Lincoln

Ó Deus, auxiliai-nos
a não desprezar nem combater
o que não compreendemos.
(Willian Penn

Pai, ajudai-me
a nunca julgar o próximo
antes que eu tenha andado sete dias
com as suas sandálias.
(oração dos Índios Sioux)

ZVOZ

TEUS OLHOS


Olhos do meu Amor! Infantes loiros
Que trazem os meus presos, endoidados!
Neles deixei, um dia, os meus tesoiros:
Meus anéis. minhas rendas, meus brocados.
Neles ficaram meus palácios moiros,
Meus carros de combate, destroçados,
Os meus diamantes, todos os meus oiros
Que trouxe d’Além-Mundos ignorados!
Olhos do meu Amor! Fontes… cisternas..
Enigmáticas campas medievais…
Jardins de Espanha… catedrais eternas…
Berço vinde do céu à minha porta…
Ó meu leite de núpcias irreais!…
Meu sumptuoso túmulo de morta!…

Florbela Espanca - Charneca Em Flor

AS LEIS DO AMOR


O amor tem suas próprias leis e se não estivermos dispostos a segui-las dificilmente conseguiremos alcançar a tão sonhada felicidade.

Uma das principais leis do amor diz respeito ao fato de que ele deve ser dado sem esperar nada em troca. Quantas pessoas são capazes de continuar a amar alguém sem que sejam correspondidas?

É claro que o ideal do amor é a reciprocidade, mas nem sempre o outro pode nos dar aquilo que esperamos dele. O ego faz com que sentimentos como a raiva, o ressentimento e o desejo de vingança substituam o amor quando este é contrariado ou deixa de existir por parte do ser amado.

Mas se estivermos dispostos a mudar esta regra e guiar-nos por uma dimensão mais elevada do nosso ser, mesmo que nosso desejo pelo outro seja contrariado, podemos cultivar uma dimensão superior do amor, que consiste em querer o melhor para aquela pessoa, ainda que não seja ao nosso lado. Este é um grande desafio para aqueles que desejam sair-se vencedores na luta contra a negatividade e o egoísmo.

Outra lei básica do amor é a liberdade. Se você ama alguém, deixe-o livre, não queira controlá-lo ou determinar o que ele pode ou não fazer. Este é o caminho mais rápido para afastar a quem você ama.

Quem não consegue amar sem o desejo de controlar o outro, está infringindo outra lei do amor que é a confiança. Sem ela, o amor jamais poderá subsistir, e se tornará cada dia mais frágil.

Outra importante lei do amor é a lealdade. Se eu amo alguém é imprescindível que eu seja leal a esta pessoa, não a desrespeite e não aja de modo a trair o pacto de sinceridade que está implícito em qualquer relacionamento de amor que se estabelece entre duas pessoas.

Para que possamos vivenciar estas leis em toda a sua plenitude, é necessário que as tenhamos plenamente integradas em nosso próprio interior. Caso contrário, seremos presas fáceis de relacionamentos onde a maioria destas leis ou a totalidade delas é desrespeitada por nós ou por nossos parceiros, e os sentimentos de medo e insegurança farão com que permaneçamos nestes relacionamentos, negando-nos qualquer chance de experimentar a real, profunda e verdadeira dimensão do amor.

... Você ama uma pessoa e a pessoa ama você. Um dia, você o vê sendo atraído por uma outra mulher... Aí a comparação começa. Então ele está deixando você? Então ele encontrou alguém que é melhor que você? Então ele encontrou alguém que é mais bela que você?
Você pode não perceber muito claramente, mas é exatamente isso que cria o ciúme: essa idéia que alguém pode ser melhor, que alguém pode ser mais bela, que alguém pode atrair o seu parceiro mais do que você mesma. Isso cria uma sensação interna de inferioridade e você começa a sentir ciúme. Você criará todos os tipos de obstáculos possíveis para destruir essa possibilidade.

Não ter qualquer ciúme só é possível quando você vier a aceitar a si mesma tão completamente que não exista mais qualquer comparação, quando você não se comparar com mais ninguém. Mesmo se o seu namorado se aproximar de alguma outra pessoa, isso não criará qualquer comparação. É apenas o simples fato de que ele se tornou atraído por aquela mulher. Isso não lhe traz nenhum conflito com a outra mulher, isso não diz respeito a você. Isso diz respeito ao homem, nada a respeito de você, isso não se refere a você, absolutamente.

Mas isso só é possível quando você se tornar tão integrada que você pode viver sem um namorado, você pode viver sem estar sendo amada e ainda assim se sentir tão feliz quanto se sente sendo amada; quando o amor não for mais uma necessidade, mas simplesmente uma alegria. Se você está sendo amada, tudo bem. Se você não está sendo amada, tudo está perfeitamente bem. Você não está atrás disso. Não há qualquer ego carente e você não faz disso uma viagem de ego.

Quando o amor não é uma busca, não é uma necessidade, mas um compartilhar, ele tem uma tremenda beleza. Aí, ninguém estará preocupado se ele vai ou não durar para sempre. Se ele acontecer apenas por este momento já será ótimo, a pessoa compartilha. Se amanhã você encontrar de novo com esse homem e ele estiver pronto para se encontrar com você, você compartilha novamente, caso contrário, dê um tchau. Agradeça a ele porque houve um momento em que você compartilhou e foi um momento feliz e você não quer fazer disso uma coisa permanente.

A idéia de fazer alguma coisa permanente surge apenas porque você está movida pela necessidade. Você está com medo, esse homem deu felicidade a você e amanhã, se ele disser não, você ficará de novo infeliz. Assim, você procura dar um jeito para que amanhã ele não possa escapar. Tranque a porta! Mas uma vez que a porta esteja trancada, aquela energia não estará mais presente, nem mesmo neste exato momento, porque o amor acontece apenas em liberdade.

Um dia, através do aprendizado, experimentando muitos relacionamentos, a pessoa se torna madura. Então o ciúme desaparece. Então você estará simplesmente feliz se esse homem vier e compartilhar a sua energia com você, ou se ele quiser compartilhar com alguma outra pessoa, você estará feliz. Essa é a liberdade dele, você nada tem a ver com isso. Somente nós somos os mestres de nós mesmos e ninguém mais deve pretender ser o mestre de outras pessoas. Quando a liberdade é deixada intacta, o amor cresce infinitamente.
Osho - Far Beyond the Stars - a Darshan Diary.


Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga,
Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
Atende em São Paulo e para agendar uma consulta, envie um email.
Conheça o I-Ching
Email: elisabeth.cavalcante@gmail.com


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

UM....DOIS...APENAS UM!

 

Tão sutilmente em tantos breves anos
foram se trocando sobre os muros
mais que desigualdades, semelhanças,
que aos poucos dois são um, sem que no entanto
deixem de ser plurais:
talvez as asas de um só anjo, inseparáveis.
Presenças, solidões que vão tecendo a vida,
o filho que se faz, uma árvore plantada,
o tempo gotejando do telhado.
Beleza perseguida a cada hora, para que não baixe
o pó de um cotidiano desencanto.
Tão fielmente adaptam-se as almas destes corpos
que uma em outra pode se trocar,
sem que alguém de fora o percebesse nunca.

Lya Luft

TARDE DEMAIS

 
Tarde de mais...

Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar...

Chegaste, enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite iluminar
E as pedras do caminho florescer!

Beijando a areia de oiro dos desertos
Procurara-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!

E há cem anos que eu era nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!...

Florbela Espanca

AFLIÇÃO



"Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.

Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra."
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra."


EU QUERO SABER?



Quero saber

Quero saber se você vem comigo
a não andar e não falar,
quero saber se ao fim alcançaremos
a incomunicação; por fim
ir com alguém a ver o ar puro,
a luz listrada do mar de cada dia
ou um objeto terrestre
e não ter nada que trocar
por fim, não introduzir mercadorias
como o faziam os colonizadores
trocando baralhinhos por silêncio.
Pago eu aqui por teu silêncio.
De acordo, eu te dou o meu
com uma condição: não nos compreender


Pablo Neruda (Últimos Sonetos)

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EU. HOJE.


when you're alone
Times were tough love was not enough
So you said sorry Johnny I'm gone gone gone
You said my act was funny
But we both knew what was missing honey
So you let out on your own
Now that pretty form that you've got baby
Will make sure you get along
But you're gonna find out someday honey

When you're alone you're alone
When you're alone you're alone
When you're alone you're alone
When you're alone you ain't nothing but alone

Now I was young and pretty on the mean streets of the city
And I fought to make 'em my home
With just the shirt on my back I left and swore I'd never look back
And man I was gone gone gone
But there's things that'll knock you down you don't even see coming
And send you crawling like a baby back home
You're gonna find out that day sugar

When you're alone you're alone
When you're alone you're alone
When you're alone you're alone
When you're alone you ain't nothing but alone

I knew some day your runnin' would be through
And you'd think back on me and you
And your love would be strong
You'd forget all the bad and think only of all the laughs that we had
And you'd wanna come home
Now it ain't hard feelings or nothin' sugar
That ain't what's got me singing this song
It's just nobody knows baby where love goes
But when it goes it's gone gone


Bruce Spingsteen, "when you're alone", 1987
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FOLHINHA DO DIA 29 DE JANEIRO DE 2010

A ORAÇÃO É IMPRESCINDÍVEL PARA ESTREITAR A RELAÇÃO ENTRE DEUS E O HOMEM.


O homem é filho de Deus, pois sua Vida se originou da Vida de Deus.
Portanto, reservar para si um momento de conversa serena com Deus é reservar um momento de diálago entre Pai e Filho.
É algo natural e imprescindível.
hora de oração ou da Meditação Shinsokan é a hora do diálago sereno com Deus.
É a hora de conversar francamente com o Pai e expressar=lhe a nossa gratidão.

Sheicho-No-Ie
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A CAPA DE REVISTA

 
zvoz

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

VOLÚPIA


 
 
Volúpia

No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!

A sombra entre a mentira e a verdade...
A núvem que arrastou o vento norte...
--- Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!

Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!

E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...

Florbela Espanca
zvoz

CEGO DE AMOR



Doce ilusão da cegueira do amor, que instante!
Em que te sonho, minha amante
Não porque que te amo imenso,
Mas por amar o que sinto e penso!



ZVOZ




"Se nos encontrarmos outra vez no crepúsculo da memória, conversaremos de novo e cantareis para mim uma canção mais profunda. E se nossas mãos se encontrarem noutro sonho, construiremos mais uma torre no céu."
Khalil Gibran


Créditos da imagem: Pequenina Poesia

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SEMENTE

"E , quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão de trigo ou de outra qualquer semente."
Paulo, I Coríntios, 15:37




Nos serviços da Natureza, a semente reveste-se, aos nossos olhos, do sagrado papel de sacerdotisa do Criador e da Vida.

Gloriosa herdeira do poder divino coopera na evolução do mundo e transmite silenciosa e sublime lição, tocada de valores infinitos, à criatura.

Exemplifica sabiamente a necessidade dos pontos de partida, as requisições justas de trabalho, os lugares próprios, os tempos adequados.

Há homens inquietos e insaciados que ainda não conseguiram compreendê-la.

Exigem as grandes obras de um dia para outro, impõem medidas tirânicas pela força das ordenações oudas, que a través das armas ou pretendem trair as leis profundas da Natureza; aceleram os processos da ambição, estabelecem domínio transitório, alardeiam mentirosas conquistas, incham-se e caem, sem nenhuma edificação santificadora para si ou para outrem.

Não souberam aprender com a semente minúscula que lhes dá trigo ao pão de cada dia e lhes garante a vida, em todas as regiões de luta planetária.

Saber começar constitui serviço muito importante.

No esforço redentor, é indispensável que não se percam de vista as possibilidades pequeninas: um gesto,
uma palavra, uma hora, uma frase pode representar sementes gloriosas para edificações imortais.

Imprescindível, pois, jamais desprezá-las.

Extraído do livro Pão Nosso, Emmanuel,
psicografia de F. Cândido Xavier
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EROS

A fúria de Afrodite

E como os deuses não costumam tolerar os arroubos divinos dos humanos... Afrodite estava mais do que furiosa! Como ousava uma mortal ser mais bela do que a própria Deusa da Beleza? "Vê, Grande Mãe da Natureza, origem de todos os elementos, observa como tu, que és a alma de todo o universo, estás dividindo as honras da majestade com uma simples mortal e como teu nome está sendo profanado pelos humanos!", resmungava a deusa para si mesma.

Chamou seu filho - quem senão Eros - o Deus do Amor e mandou, como só mandam as mães: Psiquê deveria se apaixonar pedidamente pelo mais horrendo dos homens. 

E mal disse, partiu, deixando o filho com a imagem da princesa. Partiu Afrodite, solene, para o mar, onde nascera, e que se abria encantado a cada vez que a deusa tocava os pés nas brancas espumas...






O destino de Psiquê
 
Enquanto isso, desesperado com a situação da filha mais nova, o rei havia decidido buscar os conselhos do oráculo do deus Apolo: "Vista a princesa de luto, leve-a à mais alta rocha à beira do mar. 

Lá, uma serpente alada virá buscá-la e a transformará em sua esposa!". 
Terrível profecia! Mas como os gregos não costumavam discutir os conselhos dos deuses, a bela Psiquê foi levada em cortejo pelas ruas para cumprir seu destino, em meio às lágrimas e à tristeza de todos.
Mas qual seria o destino de Psiquê? Sem querer - ops, como pode uma deusa fazer algo sem querer? - Afrodite não tinha apenas alterado o futuro de sua rival. 

Sozinho com a imagem da jovem, Eros havia se apaixonado, irremediavelmente...
Uma pausa, só para perguntar se você reconhece por detrás do cenário os temas universais que tornam esta história fascinante ainda hoje?
Mas espere só para ver... é claro que será Eros em forma de "monstro alado" que vai resgatar Psiquê acorrentada no alto do rochedo. 

É ele que vai tornar-se seu esposo, com uma única condição: a princesa jamais poderia ver o rosto do marido! Parece fácil, não é? Mas todas as mulheres que um dia tentaram manter casamentos ou relações à custa de varrer para baixo do tapete os aspectos sombrios do parceiro ou da relação sabem que esta é realmente uma tarefa impossível.

Curiosidade e revelação

 
E foi impossível mesmo para Psiquê. Embora feliz como um gato (parênteses: quer dizer, vivendo como uma rainha, rodeada de todo luxo de que precisava e com um marido amoroso que só via à noite e no escuro...) algo a incomodava. 

Um dia, alimentada pelas suspeitas das irmãs invejosas de sua riqueza, ela decide descobrir com quem estava realmente casada. Aproximou-se do marido e, pela primeira vez ousou olhar. 
E, imediatamente, apaixonou-se pelo Deus do Amor... Psiquê, aflitíssima, queria voltar atrás, fingir que nada havia acontecido, continuar sua vidinha, mas não era mais possível. A cera da lâmpada escorreu e pingou no rosto do deus adormecido...
E lá está a pobre Psiquê em prantos... Eros, indignado, vai embora sem ouvir as desculpas nem ligar para as lágrimas da esposa. E, de certa forma, é neste momento que a história começa de verdade. Porque, para recuperar o amor e a confiança do marido, Psiquê precisa percorrer um longuíssimo caminho.

A longa viagem da alma

 
Em grego, Psiquê significa "alma". No momento em que conhece o esposo, a jovem se transforma em mulher, apaixona-se e precisa sair em busca de si mesmo. A história de Psiquê foi usada pelos estudiosos como analogia para a história do desenvolvimento da alma. E não são fáceis estes movimentos da alma. Assim como a jornada de Psiquê, o caminho do autoconhecimento e do amor verdadeiro é cheio de perigos, cheio de armadilhas. Nenhum herói se faz sem provar sua coragem e sua competência. Psiquê é uma história de heróis, feminina...
Quando parte em busca do amado, Psiquê está absolutamente só... mas grávida (talvez porque as mulheres, quando decidem percorrer seu caminho feminino, nunca estejam de fato sós; talvez porque toda decisão de mudança faça germinar uma semente de possibilidades). Mesmo assim, nem os outros deuses se atrevem a ajudá-la. Finalmente, é levada até a própria Afrodite que, como não poderia deixar de ser, uma vez que este é um legítimo conto de fadas, impõe à moça várias tarefas, para testá-la ou para destruí-la.

As tarefas de Psiquê

 
Seu primeiro trabalho é separar um gigantesco monte de grãos variados em pilhas organizadas. E como não podia pedir ajuda aos deuses, Psiquê chama pelas pequenas criaturas da terra e as formigas vêm em seu auxílio. Depois desta, Afrodite manda a nora trazer a penugem de ouro que cobria a pele de uns carneiros ferozes que vagavam pelos campos. Mais uma vez, quem salva a moça é uma criatura da terra, um junco que lhe dá bons conselhos: "seja paciente, menina, aguarde o momento certo. Quando cair a noite, os ferozes carneiros não vão parecer tão ferozes, nem tão ameaçadores para quem traz em si a semente do feminino”...
Para completar a terceira tarefa, Psiquê deve trazer a água da fonte que alimenta os rios infernais, no cume de um rochedo. Desta vez, quem vem ajudar a jovem é a águia de Zeus, a pedido de Eros, que começava a sentir saudades da esposa. Afrodite dá ainda à moça uma última tarefa. A mais difícil. E se você - que está lendo - é mulher, vai concordar... Psiquê deve descer até as profundezas do mundo subterrâneo e pedir o creme de beleza de Perséfone, a rainha do Hades. Quando a moça já vem vindo de volta, quase chegando, quase vitoriosa, não resiste e abre a caixinha, na esperança de passar na pele um pouquinho só do creme mágico e tornar-se mais bela... para Eros. E no mesmo instante, é envolvida pelo sono da morte! Não, nem adianta se impacientar com a vaidade da moça.

Vaidade e "fracasso"
 

Erich Neumann, que conta a história no belo livro Eros e Psiquê, comenta: no momento em que escolhe o fracasso de forma tão paradoxal, Psiquê realiza seu destino feminino (lembram que eu falei que esta é uma aventura, com heróis e tudo, mas heróis femininos...). E obtém o perdão de Afrodite, que reconhece na moça que desiste de tudo por amor um pouco de si mesma.

E é um Eros que não tem mais nada do menino ferido, que busca abrigo nas pregas da saia da mãe, quem vai acordar Psiquê. 

Ele devolve o sono à caixinha, toca a mulher com a ponta de suas asas e diz a ela para ir cumprir sua tarefa até o final, sem medo... É ele que vai ao Olimpo solicitar a benção dos deuses para o casamento. 
E é ele que pede a Hermes, o deus-guia, que conduza Psiquê à sua nova e eterna morada.

Final feliz e recomeços
 

A história acaba como devem acabar todas as histórias: os deuses comemoram as núpcias de Psiquê e Eros com um grande banquete. 
Zeus oferece à jovem o néctar da imortalidade. Afrodite, a Grande-Mãe, ora terrível, ora bela, apaziguada, recebe sua nora. 
E juntas celebram o mistério do nascimento e do renascimento, quando Psiquê dá à luz uma menina, Volúpia... que vai ser chamada também, Deleite ou Bem-aventurança. Expressão mais do que feminina da união entre o humano e o divino...

Texto de Adília Belotti, parcialmente retirado do site: Somos Todos Um


Zuil voustag Orgen Zav

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FOLHINHA 28 DE JANEIRO 2010

A riqueza infinita flui em nossa vida quando nos doamos aos semelhantes.


Quando nossa vida consiste em doação em prol dos semelhantes, abrem-se espaços vazios que a riqueza imanente no Universo vem preencher naturalmente, assim como o ar preenche o vácuo.
Se desejamos a riqueza, devemos primeiramente criar, com atos de doação, um espaço vazio para onde fluirá naturalmente a riqueza imanente no Universo.

Seicho-No-Ie

Outro mundo ainda é possível

"Outro mundo ainda é possível", acredita o criador do Fórum Social Mundial.


Dez anos depois da primeira edição do Fórum Social Mundial, em 2001, a proposta de “um outro mundo possível”, criada em contraposição ao avanço do neoliberalismo representado pelo Fórum Econômico de Davos ainda é atual. A análise é do empresário Oded Grajew, considerado “pai” do FSM.
– Mais do que nunca um outro mundo é possível. Há dez anos o modelo neoliberal estava no auge, o Meném (Carlos Menén, ex-presidente da Argentina) era recebido como modelo a ser seguido. Hoje o quadro político mudou, principalmente na América Latina. Vários frequentadores do fórum estão hoje nos governos –, disse.
Em dez anos, na avaliação de Grajew, o fórum conseguiu emplacar ideias que se transformaram em políticas públicas e chegou a apresentar as fórmulas para que países saíssem da crise financeira internacional.
– Vários países que se salvaram da crise seguiram propostas e recomendações do fórum, como o controle do sistemas financeiro e o fortalecimento da economia no mercado interno –, citou.
O legado do maior encontro de movimentos sociais do planeta também inclui a criação de “uma sociedade civil global”, que fez o FSM “se espalhar pelo mundo”, segundo Grajew, e garante a atuação da sociedade civil em espaços de decisão como as reuniões do G-8 e a Conferência da Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Uma década depois da primeira edição, Grajew reconhece que o fórum é visto com menos preconceito pela sociedade, que considerava o encontro esvaziado de propostas concretas.
– Quando começou não era levado a sério, era visto com um lugar de gente que só sabe protestar. Hoje é muito mais levado a sério. Não significa que ficou menos revolucionário, as propostas são muito avançadas –, afirmou.
Com o enfraquecimento das políticas neoliberais, o fórum tende a concentrar as críticas e reflexões em novos temas, principalmente a sustentabilidade.
– O outro mundo possível se torna cada vez mais urgente. A questão ambiental é uma ameaça. Temos que ter outro modelo de produção, de consumo e outra relação com a natureza –, lista.
Segundo Oded Grajew, entre os desafios do FSM para os próximos anos também está a necessidade de mudanças nos sistemas de financiamentos de governos.
O FSM 10 anos começou nesta segunda-feira e vai até o dia 29, com cerca de 500 atividades em Porto Alegre e em municípios da região metropolitana da capital gaúcha.  A expectativa é que 30 mil pessoas passem pelo megaevento durante a semana.
Fonte: Correio do Brasil

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

VAMOR NAMORAR?




Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. 
Namorado é a mais difícil das conquistas. 
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. 
Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. 
Mas namorado mesmo é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. 
A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. 
Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. 
Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. 
Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. 
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. 
Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. 
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. 
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. 
Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. 
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. 
Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. 
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.




Artur da Távola
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AMOR PRA RECOMEÇAR

 
Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...


E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...


Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra 

Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...


Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...


Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
 

Prá você não deixar
De duvidar...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
 

E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...


Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...


Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
 

E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...


Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar...

 
Eu desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar
Prá recomeçar.


FREJAT

CANÇÃO PRA QUANDO VOCÊ VOLTAR


Canção Pra Quando Você Voltar

Leoni

Composição: Herbert Vianna / Leoni
 
Quando o sol de cada dia entrar
Chamando por você
Querendo te acordar
Vai ter sempre alguém pra receber
Fazer o seu jantar
Dormir no seu sofá
Alguém pra olhar a casa
E alguém que regue o seu jardim
Até você voltar
E como é normal acontecer
Se num entardecer a dor te visitar
Vai ter sempre alguém pra socorrer
Fazer o seu jantar
Dormir no seu sofá
Enquanto a noite passa por mim
Eu rego o seu jardim
Você já vai voltar

DO IT


Tá cansado senta
Se acredita tenta
Se tá frio esquenta
Se tá fora entra
Se pediu agüenta
 
Se aperta grite
Se tá chato agite
Se não tem credite
Se foi falta apite
Se não é imite
  Se é do mato amanse
Trabalhou descanse
Se tem festa dance
Se tá longe alcance
Use sua chance
  Se perdeu procure
Se é seu segure
Se tá mal se cure
Se é verdade jure
Quer saber apure
 
Se escreveu remeta
Engrossou se meta
Quer prevê corneta
Pra moldar derreta
Não se submeta
 











Dois Caminhos





É fácil saber se uma pedra foi retirada de um rio ou se foi quebrada em uma pedreira. As de pedreira apresentam muitas quinas, são ásperas e irregulares, agressivas ao tato. As pedras de rio são lisas e roliças, já sofreram um polimento natural. Ao longo do tempo, a correnteza das águas vai se encarregando de atirá-las umas contra as outras, para arredondar-lhes as arestas. Na medida em que vão se tornando polidas, vai sendo reduzido o atrito entre elas, já não se ferem, deslizam harmoniosamente umas entre as outras, como esferas lubrificadas de um rolimã.

O processo evolutivo espiritual das criaturas humanas pode ser comparado ao do burilamento das pedras de rio. O Espírito é criado puro e ignorante. Puro, porque não traz qualquer tendência para o mal. ignorante, porque não adquiriu ainda qualquer conhecimento. Ao longo das reencarnações sucessivas, a correnteza da vida também nos atira uns contra outros: somos levados a conviver entre semelhantes. Em nossa infância espiritual, ainda como pedras-brutas, essa convivência é marcada pelo atrito entre nossas arestas. A rusticidade do homem das cavernas nos mostra o que foram nossas primeiras encarnações; o instinto animal predominando sobre a razão e o sentimento, a matéria sobre o Espírito, o estado de guerra como condição permanente.

Passaram-se séculos e milênios, abandonamos as cavernas, participamos da construção, do apogeu e da queda de diferentes impérios, vivenciamos diversas culturas. Com as conquistas da ciência, domesticamos a natureza, transformamos a paisagem ao nosso redor, descobrimos como tornar a existência mais confortável. Observando, no entanto, nosso mundo interior, nos deparamos com a presença incômoda e persistente de imperfeições atávicas, paleolíticas. A História nos revela que, mesmo após deixar as cavernas, o homem conservou traços do troglodita em sua intimidade espiritual. Pois foi nossa ignorância rústica que, diante da vacilação de Pilatos, exigiu o martírio do doce Jesus. Foram nosso orgulho e nosso egoísmo que produziram as guerras, os massacres das Cruzadas, as fogueiras da Inquisição e os horrores da Escravatura. Ingênuos os que supõem que não estavam lá. Assim, ao longo desses séculos, avançamos muito mais no progresso material, exterior, do que a jornada ética, íntima, do Espírito.

"A evolução espiritual é contínua, não regride nunca, mas pode ser retardada em seu processamento se não se aproveitar bem a oportunidade que Deus concede ao Espírito reencarnante." (FEB, Currículo para as Escolas de Evangelização). Viver em sociedade é aspecto essencial desta oportunidade. Freqüentemente nos sentimos inconformados por termos de conviver com pessoas que nos aborrecem, nos irritam, nos são antipáticas, mas essa convivência é um dos processos naturais de nosso burilamento. Tais pessoas são indispensáveis: elas nos incomodam exatamente em nossos pontos mais fracos, mais sensíveis, e nos apontam, portanto, quais são esses pontos, quais são nossas piores arestas: os que precisam de ajuda incomodam ao nosso egoísmo, os que julgamos melhores que nós nos ferem a vaidade e o orgulho, e assim por diante. Cada conflito é um alerta e um roçar polidor de arestas. Quanto mais ásperos somos, mais dolorosos são os atritos, pois a dor é conseqüência de nossos atos de desamor para com o próximo, nesta ou em outras existências.

Diferentemente das pedras, entretanto, a criatura humana, sendo dotada de inteligência, consciência e livre-arbítrio, pode escolher caminho evolutivo menos doloroso. Jesus nos aponta o rumo: amarmo-nos uns aos outros. Nenhum de nós Foi criado para sofrer e o amor pode livrar-nos da dor, pois ele nos "cobre a multidão dos pecados" (1 Pedro IV, 8).

A evolução é lei universal e irrevogável, mas dois caminhos nos são oferecidos para percorrê-la: dor ou amor. A prática do amor proporciona polimento indolor em nossas almas, suaviza-nos as arestas, desenvolve-nos o altruísmo, harmoniza nossa convivência com os semelhantes. A decisão é sempre nossa.

Revista Espírita Allan Kardec, nº 39.

FOLHINHA DO DIA 27 DE JANEIRO


O QUE É BOM DEVE SER COLOCADO EM PRÁTICA IMEDIATAMENTE







Faça algo novo e útil.
As pessoas, em geral, sonham em realizar diversas coisas.
Você também deve ter algo que gostaria de fazer.
Então, comece a fazê-lo imediatamente.
Talvez você pense: “Não adianta começar. Porque sei que acabarei desistindo em poucos dias”.
Mas, mesmo achando que não será capaz de persistir, comece a colocar em prática o que deseja fazer.
É possível que você consiga perseverar, e então descortinará uma nova vida.

Seicho-No-Ie

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A nova mentalidade dos consumidores




A mais recente pesquisa da agência de Relações Públicas Edelman, “Good Purpose”, realizada anualmente para medir como ações empresariais relacionadas à sustentabilidade afetam os negócios, trouxe boas notícias. A primeira delas é que os dados, coletados em dez países, mostram maior conscientização na hora da compra. Os consumidores observam e levam em consideração a responsabilidade social e ambiental dos fabricantes quando vão escolher o que levar para casa.
Os números se mostraram mais positivos em todo o mundo e, no Brasil, os percentuais estão acima da média mundial. Cerca de 43% dos entrevistados informaram ter optado por um produto de características mais sustentáveis, entre outros de qualidade e preços similares. Entre os brasileiros, o número sobe para 71%.
Enquanto 58% dos respondentes esperam que as empresas tenham algo a oferecer além de bons produtos e serviços, por aqui, a exigência é maior: 75%. Outra informação interessante para as empresas que atuam no Brasil é o de que 83% das pessoas mudaria de marca se outro fabricante de qualidade similar apoiasse uma boa causa.
Aparentemente, os produtos verdes estão em grande vantagem no mercado nacional assim como as corporações que apoiam e divulgam essas ideias. Resta saber qual é a diferença entre o “dizer” e o “fazer”. Você acredita nessa conduta? De qualquer maneira, a primeira grande vitória é saber que o olhar dos consumidores está se transformando e para muito melhor. Leia a pesquisa na íntegra.
*Foto: Alexandre Battibugli
Fonte: Planeta Sustentável

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