Um dia acordarás num quarto novo
Sem saber como foste parar lá
e as vestes que acharás ao pé do leito
de tão estranhas te farão pasmar,
a janela, abrira devargarinho:
fará nevoeiro e tu nada verás...
Hás de tocar, a medo a campainha
e silenciosa, a porta se abrirá.
E um ser que nunca viste
em um sorriso triste, te abraçará
com seu maior carinho
e há de dizer-te para o teu assombro:
- Não te ssustes de mim,
que sofro a tanto!
Quero chorar - apenas - no teu ombro
e devorar teus olhos...
Sem saber como foste parar lá
e as vestes que acharás ao pé do leito
de tão estranhas te farão pasmar,
a janela, abrira devargarinho:
fará nevoeiro e tu nada verás...
Hás de tocar, a medo a campainha
e silenciosa, a porta se abrirá.
E um ser que nunca viste
em um sorriso triste, te abraçará
com seu maior carinho
e há de dizer-te para o teu assombro:
- Não te ssustes de mim,
que sofro a tanto!
Quero chorar - apenas - no teu ombro
e devorar teus olhos...
[Mário Quintana]
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