Em Mil platôs, Gilles Deleuze (cap. 1,1995) afirma que o livro segue uma lógica rizomática de
relação com o mundo e com os aspectos exteriores ao seu conteúdo. Há livros originais que serviram de ponto de partida para a existência de outros livros e de outras histórias, mas essa visão da literatura está superada: há, sobretudo, a produção literária que não se conecta a uma matriz e, sim, a uma rede complexa e heterogênea.
relação com o mundo e com os aspectos exteriores ao seu conteúdo. Há livros originais que serviram de ponto de partida para a existência de outros livros e de outras histórias, mas essa visão da literatura está superada: há, sobretudo, a produção literária que não se conecta a uma matriz e, sim, a uma rede complexa e heterogênea.
Essa rede estabelece conexões caracterizadas pela multiplicidade, pelas linhas que tomam rumos diversos, que se rompem e se restabelecem em um plano no qual já não se é capaz de identificar um pivô genealógico, mas até entre diferentes naturezas.
"O rizoma conecta um ponto qualquer com outro ponto qualquer e cada um de seus traços não remete necessariamente a traços de mesma natureza; (...)
Ele não é feito de unidades, mas de dimensões, ou antes de direções movediças.
Ele não é feito de unidades, mas de dimensões, ou antes de direções movediças.
Ele não tem começo nem fim, mas sempre um meio pelo qual ele cresce e transborda. (...) O rizoma procede por variação, expansão, conquista, captura, picada. (DELEUZE, 1995, p. 32"
A lógica do rizoma proposta por Deleuze permite estabelecer relações com o conceito de hipertexto (LÉVY, 1996), quando este alude a um espaço de informação virtual no qual há uma rede que conecta a idéia exposta a outros links, a outros textos, outras visões e possibilidades.
A fim de conceitualizar hipertexto, Pierre Lévy (1996) traça paralelos entre esse fenômeno e o trabalho da leitura, que consiste em um esforço de “rasgar, de amarrotar, de torcer, de recosturar o texto para abrir um meio vivo no qual possa se desdobrar o sentido” (p. 36).
Assim, afirma que esse sentido é construído durante o percurso da leitura e do contato com o texto.
A fim de conceitualizar hipertexto, Pierre Lévy (1996) traça paralelos entre esse fenômeno e o trabalho da leitura, que consiste em um esforço de “rasgar, de amarrotar, de torcer, de recosturar o texto para abrir um meio vivo no qual possa se desdobrar o sentido” (p. 36).
Assim, afirma que esse sentido é construído durante o percurso da leitura e do contato com o texto.
Nesse contato, a relação com outros textos e o ato de ativar a gama de percepções possíveis é o que acaba constituindo o leitor e o ato da leitura.
Zuil voustag
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