O que é mais longo do que um caminho?
O que chora no escuro além da fonte?
O que vai, não volta e nunca é longe?
O que machuca essa boca é o amargo espinho?
Por que tem a saudade a cor do plátano?
Era vidro. Sabias quando o deste?
(Por que flutua assim sem que se quebre?)
Era pouco. Sabias quando o tinhas?
(Por que flutua assim sem que se acabe?)
E as promessas? e os sonhos? e as carícias?
Estava escrito nos astros o encontro?
Não nos dera o poema um dia apenas?
Por que não pode o sonho contra o tempo?
Por que não pode o tempo contra o sono?
Elizabeth Hazin - O ARQUEIRO E A LUA, FUNDARPE, 1994 -
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